terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Brasil alcança Objetivo do Milênio em erradicação de pobreza extrema

Aumento da renda, geração de emprego e diminuição da desigualdade levaram governo a anunciar o cumprimento das metas estabelecidas pela ONU

AGÊNCIA BRASIL

Brasília - O Governo brasileiro anunciou nesta terça-feira que o país registrou uma firme queda da desnutrição infantil que, com outros avanços sociais, permite afirmar que o Brasil alcançou o Objetivo do Milênio em termos de erradicação de pobreza extrema.

Segundo relatório do Ministério da Saúde, a proporção de crianças menores de cinco anos com sob peso caiu de 7,1% para 1,8% entre 1989 e 2006, alcançando uma das metas fixadas dos Objetivos do Milênio estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2015, que se refere à erradicação da pobreza e da fome.

O Ministério da Saúde considerou "alcançado" esse primeiro objetivo, pois no país também reduziu substancialmente o número de pessoas que vivem com renda equivalente a US$ 1 por dia, diminuiu a brecha entre ricos e pobres e subiu a taxa de emprego.

O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou ao apresentar os dados dos Objetivos do Milênio, que o Brasil deverá alcançar a meta da redução das taxas de mortalidade infantil, até 2012, três anos antes do estabelecido pela ONU.

Segundo o relatório, a taxa de mortalidade infantil caiu 58% entre 1990 e 2008, e deverá chegar dentro de três anos a 17,9 mortes por mil crianças nascidas vivas.

Além disso, o relatório diz que entre 1990 e 2008 houve uma queda de 75% na taxa de mortes de crianças durante o primeiro ano de vida, que se situou em seis por cada mil nascidos.

Temporão também destacou que, nos últimos 18 anos, a morte de mulheres por complicações durante a gravidez e parto reduziu 56%.

"Um ponto negativo é o aumento da proporção dos partos por cesárea, que chegaram a 47%", declarou o ministro da Saúde, que sustentou que é necessário promover mais campanhas de informação sobre as vantagens do parto natural.

Por outra parte, o "dado positivo", segundo Temporão, é que o aborto se situou como quinta causa de mortalidade materna em 2007, quando até esse momento era a quarta.

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