Nada mudava isso.
Havia momentos, dependendo das circunstâncias, em que as fases vitoriosas de Santos e São Paulo esquentaram os confrontos diante do Alvinegro de Parque São Jorge.
Mas a situação é simples de ser explicada.
Todo mundo quer vencer o melhor time do momento. Assim funcionam as coisas no futebol em qualquer canto do planeta.
De alguns anos para cá, a situação da rivalidade entre os grandes paulistas não é mais a mesma.
E a principal responsável pela mudança de cenário é a atual direção corintiana.
Ela, fale publicamente ou não, considera o São Paulo o maior rival.
Qualquer um pode perceber.
Raramente os diretores corintianos fazem piadas com Palmeiras e Santos.
Ou mencionam o Palestra e Peixe de forma desafiadora.
O foco de Luis Paulo Rosemberg e Andres Sanchez na hora de provocar é sempre o São Paulo.
Seja numa simples palestra de faculdade ou evento comemorativo no clube, raramente perdem a chance de lembrar de maneira jocosa do time do Morumbi.
A exceção nos últimos tempos foi a propaganda das lojas do clube, que utilizou sósias de Kaká e Neymar.
Todavia, a força de imagem do santista, não o fato de vestir a camisa do campeão da Libertadores, levou os criadores da propaganda a incluir o jovem craque.
Neymar é o melhor atleta do país e provavelmente o mais cobiçado pelos marketeiros.
A cartolagem do Corinthians mantém excelente relação com os rivais santistas e palmeirenses.
Tão boa que eles participam, mesmo contra a vontade do treinador (Felipão) e do presidente (LAOR), de uma espécie de boicote ao Morumbi.
Por isso, seja qual for o resultado do clássico na quarta-feira, Tite não cairá.
Há outro detalhe para reforçar minha convicção.
O São Paulo foi a equipe que derrubou mais técnicos corintianos ao longo da história.
Dificilmente Andres dará ao principal adversário o gosto de colocar outro nome na lista.
Por isso, mesmo em caso de derrota corintiana, aposto que Tite estará no banco contra o Bahia no próximo domingo.
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