terça-feira, 13 de setembro de 2011

Mundo bizarro do futebol: jogador do São Paulo não achava a transferência bom negócio, mas aceitou para o empresário não perder a comissão.

Obviedade

Fiquei sabendo de uma situação ridícula, que contraria a lógica e a ordem das coisas, porém comum no estranho e bizarro mundo do futebol.

Desculpe pela obviedade do post. Ela é necessária.

O jogador chuta e cabeceia a bola, cobra laterais, escanteios e faltas, faz gols, ganha títulos, perde as partidas…

Os times de futebol precisam deles acima de tudo.

As equipes poderiam, se quisessem, entrar em campo até sem treinador.

Mas não sem os boleiros.

Os empresários

Quando existia a lei do passe (uma espécie de prisão do atleta no clube), os dirigentes deitaram e rolaram em cima dos craques e grossos.

No momento da extinção da mesma, os atletas não confiavam na cartolagem.

E a figura do empresário ganhou força.

O jogador teria, em tese, alguém de confiança para negociar os contratos e as transferências.

O agente iria gerenciar a carreira do cliente.

O empresário existe para aumentar os ganhos e facilitar a vida do jogador.

Às avessas

Tal lógica foi contrariada na vida relação do volante Rodrigo Souto e seu empresário Marcelo Robalinho.

O atleta aceitou, a contragosto, defender o Jubilo Iwata do Japão.

Nada contra o clube e o país.

A diferença entre as ofertas são-paulina para a renovação e a do Jubilo para contratá-lo, segundo avaliação do próprio Rodrigo Souto, não compensava a mudança de ares.

Como não havia nenhum pré-contrato (compromisso legal) com a agremiação japonês, Souto decidiu recusar a proposta nipônica.

E falou isso ao empresário.

O volante também disse que a mulher acabara de abrir uma academia aqui em São Paulo, outro fator para continuar aqui.

Mas o agente tinha acertado o negócio com os japoneses.

E, obviamente, também a boa comissão que ganharia pela transação.

Para não pisar na bola com o Robalinho, Souto, contrariado, aceitou a troca de clube.

Em suma, ao invés do empresário trabalhar para o jogador, o jogador trabalhou para o empresário.

Obviedade – parte 2

Claro que Souto não está realmente satisfeito no emprego novo.

E Marcelo Robalinho tenta arrumar do seu funcionário-cliente retornar ao Brasil na próxima temporada.

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