sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Ricardo Teixeira convoca assembleia oficialmente e pode mudar estatuto da CBF.

Ricardo Teixeira convocou oficialmente, nesta sexta-feira, a assembleia-geral da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) com todas as federações estaduais para a próxima quarta, dia 29. Pressionado por cartolas que ameaçaram uma rebelião, o dirigente pode liderar uma reforma do estatuto da entidade.

A nota foi publicada no site oficial da CBF e torna público o que já era conhecido dos presidentes de federações nos últimos dias. Teixeira passou o Carnaval em Miami, de onde seguiu despachando normalmente, segundo a assessoria de comunicação da CBF. Foi dos Estados Unidos que ele convocou os presidentes de federações estaduais por e-mail para a reunião.

Na pauta do encontro está uma "exposição" de Teixeira a respeito a "assuntos de interesse da entidade e suas filiadas". Além de ouvir o cartola, os dirigentes também discutirão uma proposta de alteração do estatuto feita pelo próprio dirigente.

Os últimos itens da pauta do encontro são "interpretar preceitos do estatuto" e "outros assuntos do interesse da CBF". A assembleia-geral pode ser o último ato da novela que começou com os indícios de que Ricardo Teixeira deixaria o comando da entidade.

Se saísse, o dirigente daria lugar a José Maria Marin, vice-presidente mais velho da entidade e ligado à Federação Paulista de Futebol. O acúmulo de poder em cartolas paulistas incomodou caciques estaduais, que ensaiaram uma possível rebelião e chegaram a marcar um encontro informal na próxima quarta.

Ciente do movimento, Teixeira reagiu e convocou a assembleia para a mesma data. Os rebeldes temem que o presidente da CBF tente mudar o texto do estatuto para impedir que eles protestem contra a ascensão de Marin e, consequentemente, garante uma saída tranquila.

Na última quinta, o blog do Perrone, do UOL Esporte, divulgou que os presidentes rebeldes pediram uma reunião com Teixeira na terça, um dia antes da assembleia. A ideia é cobrar mais atenção do cartola, que não teria avisado a todos sobre seus planos de renúncia. Caso um acordo entre as partes seja fechado, a possível rebelião pode terminar em pizza.

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