A declaração abaixo é de José Francisco Manssur, advogado, assessor da presidência do São Paulo e responsável pelas reformas do Morumbi.
Conversei com ele na terça-feira.
Ele foi contundente.
Veja:
“Pensando no São Paulo, sinto até um certo alívio pelo fato de o nosso Clube não mais participar dessa farsa patética em que se transformou a organização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
Ontem assistindo aquele evento constrangedor que foi a festa de encerramento do Campeonato Brasileiro, foi inevitável pensar que aquela mesma turma que preparou aquele festival de gafes, considera que tem condição moral e competência para organizar algo do tamanho de uma Copa do Mundo, onde serão gastos bilhões em dinheiro público e a imagem do Brasil vai ser transmitida para o Mundo inteiro.
Nesse processo de continuo desgaste de imagem, que se agrava a cada dia, fazem essa tentativa desesperada de trazer o Ronaldo como tábua de salvação para tentar recuperar a credibilidade que perderam faz tempo.
Entretanto, parece que o tiro, mais uma vez, sairá pela culatra e, como cidadão, só tenho razões para aumentar minha preocupação. A empresa que Ronaldo abriu quando parou de jogar futebol tem negócios, por exemplo, com o Corinthians. Ronaldo terá isenção para cobrar ações e fiscalizar o andamento das obras de construção do estádio? Se e quando o fizer, estará pensando na Copa do Mundo ou nos interesses da sua empresa?
Nada disso foi explicado e eles, autoritariamente como sempre, apostam que o inegável carisma do Ronaldo serve, por si só, para afastar a necessidade de responder a todas essas perguntas.
Fico cada vez mais certo de que esse pessoal que se apropriou da Copa do Mundo no Brasil, com o amém complacente dos governos, nós toma a todos por idiotas”
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