O encontro será realizado em duas partes, nesta quarta e quinta-feira, na sede do COI em Lausanne, na Suíça. A agenda da reunião será marcada por temas relacionados aos supostos casos de conflito de interesses de vários de seus integrantes, entre eles o brasileiro.
Há poucos dias, a Comissão de Ética da entidade recomendou uma suspensão de dois anos ou até mesmo a expulsão de Havelange - membro do COI desde 1963 - por supostamente ter recebido suborno de US$ 1 milhão (cerca de R$ 1,78 mi) da empresa ISL, ex-parceira de marketing da Fifa. O órgão executivo deve, agora, conhecer o resultado das investigações.
As eventuais sanções do COI deveriam ser anunciadas na quinta, mas João Havelange se antecipou ao enviar uma carta ao presidente do comitê, o belga Jacques Rogge, na qual apresentou a renúncia.
Como Havelange já não é mais membro do COI, a Comissão Executiva não vai analisar as acusações contra ele, mas Rogge inevitavelmente será interpelado a respeito quando conceder uma entrevista após a reunião.
Os supostos subornos a integrantes do comitê foram revelados em 2010 pela rede britânica BBC, que atribuiu os pagamentos à ISL, ex-detentora dos direitos de transmissão da Copa do Mundo pela TV. Ainda segundo a emissora, o presidente da CBF e ex-genro de Havelange, Ricardo Teixeira, também teria aceitado propina.
No encontro dos próximos dias, a Comissão Executiva tomará conhecimento das recomendações da Comissão de Ética sobre dois membros do COI que teriam recebido pagamentos ilegais da mesma empresa: o senegalês Lamine Diack, presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), e o presidente da Confederação Africana de Futebol, o camaronês Issa Hayatou.
Além do escândalo de subornos, a reunião do COI abordará o estágio dos preparativos às próximas edições dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, Sochi 2014 (Jogos de Inverno) e Rio 2016.
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