O estádio do Corinthians receberá um benefício recorde do governo paulistano para que possa ser erguido para a Copa do Mundo de 2014. A contrapartida de isenção fiscal beira os R$ 400 milhões.
Mas qual é o grande problema em o estádio corintiano obter o benefício da isenção fiscal para conseguir ser levantado a menores custos?
Não fiquemos na vazia discussão de benefício de dinheiro público em prol de uma construção privada. A isenção fiscal é uma estratégia que muitos governos usam para ter, em troca, o desenvolvimento de uma região e, assim, ganhar mais com a geração de recursos a partir de, por exemplo, o pagamento de impostos.
Se a análise fosse simples assim, tudo bem. Mas aí entra realmente o problema da isenção que deve ser concedida ao estádio corintiano. O benefício não tem como motivo um projeto, mas sim a necessidade de a cidade de São Paulo apresentar um estádio que atenda às exigências da Fifa.
Em 1996, a Amsterdam Arena foi inaugurada na cidade de Amsterdã, na Holanda, com 7% da obra financiada pela União Europeia. Sim, dinheiro público do continente bancando uma obra privada de um país (o estádio é usado na maioria das vezes pelo Ajax).
Mas o investimento tinha justificativa. A ajuda para revitalizar uma área degradada de Amsterdã e, além disso, o desenvolvimento de um novo pólo econômico na Europa, com potencial para se tornar uma futura sede da UE.
Isenção sem projeto é que é o grande problema.
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