A arrecadação federal cresceu 21,3% em julho sobre o mesmo período do ano passado, impulsionada pelo pagamento extraodinário de tributos que estavam sendo questionados na Justiça, informou a Receita Federal nesta quinta-feira. Ao todo, a arrecadação de impostos e contribuições somou R$ 90,247 bilhões em julho, arrecadação recorde para o mês e terceira maior da história.
De acordo com a Receita, o resultado foi influenciado pelo recolhimento de débitos relativos à Contribuição Social Sobre Lucro Liquido (CSLL), no valor de R$ 5,8 bilhões, que estavam sendo questionados na esfera judicial. O número também foi reforçado pelo pagamento de R$ 2,3 bilhões em tributos em atraso por empresas que aderiram ao parcelamento especial conhecido como Refis da crise.
Entre os principais tributos, a arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) aumentou 21%, para R$ 4,1 bilhões, e a do Imposto de Renda (IR) teve alta de 23%, para R$ 23,3 bilhões. No acumulado do ano, a arrecadação foi de R$ 562,391 bilhões, com crescimento real de 13,98% ante os R$ 493,415 bilhões recolhidos de janeiro a julho de 2010. Os valores são corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Receita eleva previsão de arrecadação
A Receita Federal elevou a projeção de crescimento da arrecadação deste ano, por causa de receitas extraordinárias registradas. De acordo com a secretária-adjunta da Receita, Zayda Manatta, a estimativa agora é de uma expansão entre 11% e 11,5% para 2011, acima do intervalo de 10% a 10,5% previsto antes.
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