sexta-feira, 15 de julho de 2011

Saiba quais erros podemos evitar no amor em diferentes fases da vida.

De acordo com a idade, os tropeços que cometemos no amor vão mudando (e muitos podem ser evitados)


Não existe manual algum no mundo que tenha o poder de prever o que vai acontecer na nossa vida amorosa. E, é óbvio, também, que os acertos e enganos que todos cometem no plano afetivo têm muito a ver com a escolha dos parceiros –e a maneira como os casais se relacionam. No entanto, as pessoas costumam apresentar alguns padrões de comportamento de acordo com a idade –e experiências acumuladas ao longo dos anos. Descubra quais são os erros mais comuns em cada faixa etária e saiba como lidar com eles da melhor maneira possível:


AOS 20
 ELAS: o principal erro das garotas, nessa faixa etária, é o ciúme excessivo, fruto da insegurança, da falta de autoconhecimento, da inexperiência. "Por duvidar de si mesma e desconhecer seu próprio valor, a pessoa se sente ameaçada ao menor sinal de concorrência", diz a psicóloga cognitivo-comportamental Mara Lúcia Madureira, de São José do Rio Preto (SP).


ELES: muitos garotos sentem necessidade de acompanhar de perto qualquer passo da namorada. Exageram nos telefonemas, e-mails ou mensagens de texto, por exemplo. "Esse é um hábito nocivo que pode persistir por toda a vida", afirma Mara Lúcia. A crença de poder controlar outra pessoa é uma tentativa de manter a relação, comportamento que, em muitos casos, é justamente o causador do fim do namoro.

OS DOIS: por conta da intensidade dos sentimentos e da ingenuidade característica da idade, jovens casais apaixonados são presas fáceis da ilusão do tipo "um amor e uma cabana". Acreditam que os primeiros amores são definitivos e um canto para amar é suficiente. Mas a vida se encarrega de ensinar que é preciso muito mais para sustentar e manter uma relação.

AOS 30
ELAS: a constituição de uma família é motivo de um grande conflito interno. As solteiras sofrem pelo temor de não encontrarem o parceiro certo para se casar e ter filhos. As casadas sem filhos vivenciam a angústia por terem de optar entre carreira e maternidade. As casadas com filhos se preocupam em continuar atraentes fisicamente para seus maridos, enquanto vivem na corda bamba para desempenhar os mais diferentes papéis: mãe, mulher, amante, profissional... "Todas pecam quando se obrigam a tomar decisões sérias e não estão preparadas, mas se sentem pressionadas pela família e sociedade. Esse é o grande erro feminino nesse momento de vida", afirma Mara Lúcia Madureira, psicóloga cognitivo-comportamental.

ELES: segundo a psicoterapeuta Carmen Cerqueira César, de São Paulo, no caso dos precocemente bem-sucedidos, há a chance de se acharem poderosos e irresistíveis (e se transformarem em colecionadores de conquistas). O erro está em machucar quem tem sentimentos verdadeiros em nome de aventuras passageiras.

OS DOIS: a preocupação excessiva com a consolidação da carreira pode levar ao descaso com as relações amorosas. "Nessa fase, impera o desejo de aprovação social. As pessoas costumam fazer grandes esforços para se sentirem aceitas e aprovadas. Compram carros além de suas possibilidades financeiras, investem em festas, grifes famosas etc. Gastam o que não podem para parecer o que não são e ter a simpatia de quem nada lhes acrescenta. O reconhecimento social é um fator bastante atraente, mas a valorização das pessoas próximas e amadas é primordial", explica Mara Lúcia.

AOS 40
ELAS: "Algumas mulheres sozinhas tendem a ter muita ansiedade para encontrar um parceiro. Estão aflitas com a solidão, com a passagem do tempo, com o relógio biológico e acabam assustando os caras, com a sede por compromisso", diz a psicoterapeuta Carmen Cerqueira César. Outras podem já ter sofrido várias decepções amorosas e agora não têm muita tolerância com os defeitos dos homens... As mulheres esquecem de que, seja qual for a idade, homem perfeito não existe!

ELES: os solteiros podem não querer compartilhar espaço. Outros, já separados de um relacionamento longo, querem liberdade e desenvolvem uma certa fobia de compromisso. Muitos casados se tornam reféns da crise da meia-idade: a preocupação com a aparência e com o envelhecimento e a necessidade de testar o poder de sedução e conquista arruínam muitos casamentos. E podem acarretar sérios prejuízos afetivos para os filhos, ainda pequenos.

OS DOIS: o estresse provocado por endividamentos (como o financiamento da casa própria) pode comprometer as relações afetivas e favorecer separações. "A educação dos filhos é outro motivo que gera discussão", diz a psicóloga Mara Lúcia Madureira. "A maioria dos pais dessa geração perdeu a noção de autoridade e o senso de moralidade educacional. Muitos investem alto em escolas elitizadas e infinitas atividades para os pequenos, porém se esquecem de que a criança precisa de supervisão permanente dos pais, de modelos adequados e de formação moral. São comuns as brigas oriundas das trocas de acusações pela falha educacional entre o casal."

AOS 50
ELAS: de acordo com a psicoterapeuta Carmen Cerqueira Cesar, ficar muito em casa, não cuidar mais da aparência e engordar, com a desculpa de que o relaxo é característico da idade ou da menopausa, são erros graves. "É ruim deixar o comodismo tomar conta e parar de fazer planos para o futuro. É muito importante continuar cultivando as relações sociais, investir na vida cultural, em informação, tecnologia... Senão, começam a ocorrer perdas significativas na qualidade de vida e na relação do casal. E a mulher acaba envelhecendo antes do tempo", diz.

ELES: deixar de viajar e se divertir para ajudar os filhos financeiramente –comprando imóveis e pagando dívidas, por exemplo– é uma atitude a evitar. É claro que a pessoa pode ajudar os herdeiros, mas sem negligenciar os momentos de prazer do casal, principalmente se ainda trabalha duro.

OS DOIS: a síndrome do ninho vazio (quando os filhos saem de casa) começa a dar as caras. Para espantarem a solidão, não é raro que alguns pais passem a se intrometer excessivamente na vida afetiva dos filhos. Acabam favorecendo escolhas erradas, justamente porque eles tentam afirmar sua autonomia ao tomar decisões pessoais e amorosas. Lembre-se: os filhos se vão, fica o casal. "A relação deve estar fortalecida para prevalecer por muitos anos. Aconselhe os filhos, mas cuide mais de si e do seu par. Eles irão construir suas histórias por si mesmos", sugere a psicóloga Mara Lúcia Madureira.

ACIMA DOS 60
ELAS: avós amorosas adoram curtir os netos, porém, devem fazer valer o papel de cada um da família nesse contexto. O modo de educar, a criação de recursos e a responsabilidade dos filhos é tarefa dos pais. Avós podem participar e cooperar, sem assumir ou priorizar a criação dos netos em detrimento de suas próprias necessidades, direitos e interesses (pessoais e conjugais).

ELES: muitas mulheres se queixam dos companheiros acomodados, que não fazem nenhuma questão de sair, jantar fora, ir ao teatro... "Os homens perdem o romantismo. Afinal, a esposa já está conquistada mesmo, não vai fugir. Será?", questiona a psicoterapeuta Carmem Cerqueira César. Muitos homens, ainda, se sentem tristonhos (e um tanto inúteis, na verdade) em função da aposentaria. O antídoto é direcionar as energias para o casal. Passear, viajar, aproveitar a vida e tudo o que trabalho de anos puder proporcionar agora.

OS DOIS: a idade não deve servir de pretexto para negligenciar a vida sexual e afetiva. As mudanças físicas podem alterar a forma e frequência das relações sexuais, mas não extingui-las. É possível continuar explorando os prazeres do sexo, da intimidade e do companheirismo, com amor e cumplicidade.

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